segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Julgamento de Saddam Hussein


Apesar dos grandes genocídios a ele atribuídos, os defensores de Saddam Hussein argumentam que precisava de neutralidade o julgamento que, segundo eles, deveria acontecer em um tribunal internacional, com juízes de várias nacionalidades. Os apoiantes do julgamento, contudo, defendiam que ele fosse julgado pelo próprio povo iraquiano, o que duvida-se que tenha acontecido, pois o país estava sob ocupação militar e com um governo universalmente reconhecido, tanto por seus adversários como até por seus partidários, como fantoche e o julgamento se deu com as forças de ocupação dando treinamento meticuloso à promotoria e lhe disponibilizado recursos e informações imensamente desproporcionais aos da defesa.

Saddam foi formalmente acusado de genocídio cometido em 1982 (foi acusado de ter ordenado o massacre de 148 iraquianos xiitas em Dujail, após ter sido alvo de um atentado fracassado à sua vida). Como espetáculo mediático, esporadicamente vinham cenas do julgamento sendo-se que o fato de apresentarem-se testemunhos e provas de que o referido massacre aconteceu era aceito como a validar a culpa de Saddam, quando se trataria de ver qual seria sua responsabilidade concreta nos fatos e não a mera constatação de que os mesmos se deram. Recorde-se que o Iraque então estava em uma das guerras mais sangrentas depois da Segunda Guerra Mundial. Saddam governava o Iraque pelo medo, porque ele era um figura truculenta, ele realizou esse massacre para que ninguém mais se opusesse a ele, obviamente os EUA, não ligaram porque eles estavam mais preocupados em derrotar o comunismo dos soviéticos e o Iraque era um dos lugares mais abandonados do planeta e a guerra do Iraque feita pelo Bush terminou de fazer o que Saddam começou, matar o próprio povo iraquiano, vítima de governos dos EUA e de Saddam.

O Irã era em 1982, como hoje, uma teocracia xiita e os xiitas são maioria no Iraque, tendo sido o governo de Saddam predominantemente de sunitas, embora fosse um governo laico (não-religioso). Esse atentado à vida de Saddam desse ano, ao que se sabe, foi feito no Iraque por um grupo militante xiita (talvez tido como pró Irã ou pelo Irã patrocinado) em plena guerra Irã-Iraque. Aliás o mesmo grupo militante do presidente xiita do Iraque que, com sua mão e caneta, assinou a pena de morte de Saddam. O julgamento também sequer esclareceu se o massacre foi uma retaliação ao mencionado atentado ou se o atentado foi um estopim de um confronto que já precedia. Se em quase todas as guerras há massacres, tampouco esclareceu-se se este não deveria ser compreendido no contexto dessa guerra, ou seja, uma gota do sangue derramado num conflito que fez milhares de vezes mais mortos e de vítimas que esse massacre.
Saddam foi não julgado por genocídio contra os curdos iraquianos nem por quaisquer outros fatos relacionados que lhe pudessem ser imputados. O prosseguimento do julgamento de Saddam, anunciado que continuaria mesmo após a execução, foi suspenso, ficando assim sem julgamento quase a absoluta totalidade dos crimes que lhe foram imputados, passando o assunto da justiça para os historiadores, um dia, quem sabe, estabelecer a verdade.
O ex-presidente iraquiano foi sepultado no dia 31 de dezembro, próximo de sua cidade natal, Tikrit, numa propriedade de sua família, perto dos túmulos de seus dois filhos, Uday e Qusay, mortos pelas tropas de coalizão em julho 2003, vendidos pela recompensa de US$ 15 milhões oferecida por cada um deles, juntamente com seu neto.

Nota do Blogueiro;Falta agora,o julgamento do Bush.

Fonte;http://pt.wikipedia.org/wiki/Saddam_Hussein#O_julgamento_e_morte

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